quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A paixão - obsessão

Eu sou daquele tipo intenso.
E não. Isso indubitavelmente não é um clichê.
Eu, quando me apaixono, seja por uma pessoa, seja por uma idéia, seja por um projeto, perco a fome, perco a vontade de fazer qualquer outra coisa que não seja pensar naquilo. É mais do que um foco. É a única idéia. Idéia FIXA.
O ser, animado ou não, torna-se uma obsessão.

Se isso é patológico, se é algum desses "transtornos afetivos", se é hereditário ou se é apenas "teimosia", eu não sei. Eu só sei que os sintomas são os mais fortes, os mais desequilibrados, os mais obsessivos que eu conheço.

Eu desejo com tanta força, tanta força, que nem posso dizer que é uma "vontade".
É um movimento impetuoso da alma, como diz o Aurélio.
Um impulso que vem do além. É como aquela onda forte que te pega na praia e te catapulta sem te dar chance de reagir.

Sempre fui assim. Mesmo que as coisas demorem um pouco... cara, elas acontecem.

Como a história começou

Bom, não sei ao certo em que em dia de setembro de 2007 esta idéia se acendeu pra mim.
O que sei é que sempre tive Paris em meu imaginário. Sempre. Assisti e assisti a "O fabuloso destino de Amélie Poulain" inúmeras vezes, incansavelmente.
Estudei francês na Unicamp... A idéia já estava plantada no meu inconsciente havia muitos anos... Isso é certo.
Não sei dizer quando exatamente essa paixão começou, nem como aconteceu, porque quando me dei conta já estava flechada...
Sei é que poucos dias antes de eu tomar a minha primeira atitude prática (sim, porque atitude mental também existe, pelo menos pra mim), que foi me inscrever, eu sentava à noite pra ver TV e durante vários vai-e-vem de canais eu pegava um trecho de algum programa falando sobre Paris. Eu até me lembro: no Globo News era sobre o novo projeto do prefeito, das bicicletas públicas a cada 300 metros, o outro era sobre uma visita a Paris, mostrando a beleza da cidade de cima de um daqueles milhares de telhados cinza...
Foi suficiente.
Dia 20 me cadastrei num e, dia 21, noutro, e foi esse último o grande responsável.
Providenciei todos os documentos, as traduções juramentadas, e o dinheiro pra mim parecia brotar... Nessas horas eu sinto a forcinha daquele Alguém. É evidente.
Paguei a passagem dia 26 de outubro. E agora eu aguardo o documento, que segue pelo correio, vindo de Paris.
Depois de tudo feito, é só esperar pra que meu visto seja concedido, pedir demissão e esperar dia 1 de janeiro de 2008, 20h45.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Passagem

Hoje é sexta, dia 26 de outubro. Dois meses antes da minha viagem. Paguei a passagem. Paguei porque quero deixar meu lugar garantido. Os lugares pra janeiro já estão escassos. E eu prefiro dormir sossegada a ter de desembolsar mais umas boas centenas de dólares depois que receber meu visto em dezembro. Se é que ainda vai haver lugar.
Bom, estou na fase de esperar notícias sobre o Accord de Placement. Com a família está tudo fechado. Agora eu só preciso desse documento pra dar continuidade ao processo... Longo processo. Ansiosa espera.
Mas, como dizia uma amiga minha, "O melhor da festa é esperar por ela." E não é?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pronto!

14h07 do dia 17/10/2007. Vários 7, número cabalístico...

"O sete é poderoso pelo fato de que indica a passagem do conhecido ao desconhecido. Ele é considerado mágico e transformador" diz o tal site...
Com certeza. Essa idéia me é familiar.
...
Se der tudo certo, farei 27 no dia 7 de fevereiro, em Paris.

(Meu velho e companheiro "Pé-atrás" me lembra: até que eu desça no Aéroport Charlles de Gaule dia 2 de janeiro, nada é certo.)