Estava revendo minhas fotos no Orkut, as fotos da viagem à Espanha, e me lembrei de quando peguei o trem errado a caminho. Saí de Bordeaux, ok, trem certo. Parei numa cidadezinha francesa, da qual não me lembro o nome, pra trocar de veículo, e entrei no trem errado...rs...
Olhei o painel, conferi o número da plataforma e lá fui eu, esperar o tal trem chegar. Mas eu estava mais de meia hora adiantada e não atinei com a diferença de horário... Ou seja, cheguei à plataforma e tinha um trem parado, portas abertas, gente entrando.
Como marinheira de primeira viagem, subi. E, cinco minutos depois, o trem partiu... Eu gelei. Desconfiei de que tinha alguma coisa errada... Pra piorar, lembrei da multa de 50 euros para quem não tem o bilhete certo na mão, me imaginei indo em direção ao norte, completamente perdida, tendo que desembolsar mais uns 100 euros pra retomar minha rota...
Bom, com cara de desespero, quase chorando, entreguei meu bilhete para a fiscal e perguntei se eu estava no trem certo... Ela, muito gentil, como não são os franceses, compreendeu minha situação e me deu todas as instruções para que eu chegasse ao meu destino, sem cobrar a multa.
Ufa.. Desci na estação seguinte e lá fiquei, plantada durante uma hora, esperando o trem certo chegar, na hora programada.
Enfim, cheguei a Barcelona, algumas horas mais tarde.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
São Paulo
Eu pensei se seria uma boa idéia criar um outro blog, desta vez sobre meu dia-a-dia em São Paulo, mas eu não queria abandonar este aqui, e isso ia acabar acontecendo.
Eu cheguei ao Brasil dia 7 de agosto, há pouco mais de duas semanas. Eu chorei um pouco no avião, vindo de Amsterdam, senti tristeza e até um certo desespero de pensar no que eu faria de volta ao meu país. Eu me imaginei em Campinas, jogada no sofá da sala, num sábado à noite, chorando, vendo minhas fotos e relembrando a cidade maravilhosa onde morei durante sete meses, sem perspectiva, sem ânimo de viver.
Essa imagem foi o que mais me desesperou, por algumas horas não conseguia pensar com realismo no que me esperava na volta. Sei lá, acho natural você se ver perdido quando transforma sua rotina da noite para o dia, e quando deixa uma país tão lindo para trás.
E, da mesma forma como aconteceu dia 2 de janeiro deste ano, a primeira noite foi pesada.
Eu cheguei à noite a Campinas, porque o vôo atrasou duas horas pra sair de Amsterdam, por conta das más condições meteorológicas; e chegar à noite, pelo menos pra mim, é a pior coisa que pode te acontecer, porque a única opção é a sua cama. E porque a noite pode ser muito mais melancólica que o dia.
Eu respirei fundo, foi legal rever minha família, mas dentro do meu peito tudo estava cinza, eu era só angústia. Não consigo descrever.
Graças a Deus, Ele me proveu de uma inexplicável capacidade de readaptção, e eu não demorei dois dias para me sentir melhor. Tive pena dos meus pais por deixá-los me ver assim, triste por estar de volta.
Eu pensei que aquilo não era justo com eles. Ouvi a voz do meu pai triste no telefone, inconformado com o meu estado de espírito, com a minha voz melancólica ao telefone.
E acho que isso me forçou a me alegrar, a me readaptar.
Eu cheguei ao Brasil dia 7 de agosto, há pouco mais de duas semanas. Eu chorei um pouco no avião, vindo de Amsterdam, senti tristeza e até um certo desespero de pensar no que eu faria de volta ao meu país. Eu me imaginei em Campinas, jogada no sofá da sala, num sábado à noite, chorando, vendo minhas fotos e relembrando a cidade maravilhosa onde morei durante sete meses, sem perspectiva, sem ânimo de viver.
Essa imagem foi o que mais me desesperou, por algumas horas não conseguia pensar com realismo no que me esperava na volta. Sei lá, acho natural você se ver perdido quando transforma sua rotina da noite para o dia, e quando deixa uma país tão lindo para trás.
E, da mesma forma como aconteceu dia 2 de janeiro deste ano, a primeira noite foi pesada.
Eu cheguei à noite a Campinas, porque o vôo atrasou duas horas pra sair de Amsterdam, por conta das más condições meteorológicas; e chegar à noite, pelo menos pra mim, é a pior coisa que pode te acontecer, porque a única opção é a sua cama. E porque a noite pode ser muito mais melancólica que o dia.
Eu respirei fundo, foi legal rever minha família, mas dentro do meu peito tudo estava cinza, eu era só angústia. Não consigo descrever.
Graças a Deus, Ele me proveu de uma inexplicável capacidade de readaptção, e eu não demorei dois dias para me sentir melhor. Tive pena dos meus pais por deixá-los me ver assim, triste por estar de volta.
Eu pensei que aquilo não era justo com eles. Ouvi a voz do meu pai triste no telefone, inconformado com o meu estado de espírito, com a minha voz melancólica ao telefone.
E acho que isso me forçou a me alegrar, a me readaptar.
domingo, 3 de agosto de 2008
Amsterdam, domingo, 3 de agosto de 2008, 19h35.
Estou na biblioteca central de Amsterdam, onde a internet é gratuita - e os computadores de última geração são absolutamente rápidos - e um senhor dos seus 60 anos está tocando piano. Sim, porque nesta biblioteca existe um piano público, disponível para quem quiser tocar e oferecer alguns momentos de prazer aos que estão no mesmo recinto.
Isso é muito a Europa. Música clássica. Da mesma forma que no Brasil a gente passa na frente de um boteco e escuta um pagode, um bom samba, nas cidades da Europa você escuta música clássica.
Sei lá, não estou desmerecendo o Brasil, porque o tal do calor humano e da gentileza me fazem muita falta, mas isso - esse som - é algo que me toca, é como se eu estivesse num filme e essa fosse a trilha sonora da minha vida. E eu sempre ouvi música clássica, porque minha mãe sempre nos fez escutar e porque meu pai também nos fez escutar. E eu aprendi a admirar e a sentir um grande prazer ao ouvir essas melodias.
Mudando de assunto, eu estou feliz de voltar ao Brasil, não superfeliz, mas estou feliz. Sei lá, eu passaria o resto da minha vida na Europa, mas não sem as pessoas que eu amo. Então, eu estou feliz aqui, mas estou incompleta.
Cheguei a Amsterdam quinta-feira passada. Decidi, de última hora, não ir pra Hannover, onde a Muri está, porque queria ficar vários dias em alguma outra cidade, que não Paris, pra sentir mais um dia-a-dia na Europa. E eu só consigo sentir o dia-a-dia se fico longas horas caminhando, sem destino, apenas por apreciar o que eu vejo, e isso requer dias.
Fui conhecer o Red Light District este fim de semana. É lá que as prostitutas se oferecem, expostas nas vitrines, que são os quartos onde elas trabalham. É como uma Rua Augusta, apinhada de turistas, ou velhos americanos que vêm procurar sexo, ou velhinhas chinesas que vêm se entreter com a atraçãob e tentar tirar fotos (juro que eu vi uma velhinha chinesa de uns 80 anos passeando com a família por aquelas ruas).
Inacreditável estar aqui e ver tudo isso. Ainda não me dei conta de que estou em Amsterdam.
Fui ao Museu Van Gogh sexta-feira.
Pra mim, passar por cada uma destas cidades foi um sonho.
Estou na biblioteca central de Amsterdam, onde a internet é gratuita - e os computadores de última geração são absolutamente rápidos - e um senhor dos seus 60 anos está tocando piano. Sim, porque nesta biblioteca existe um piano público, disponível para quem quiser tocar e oferecer alguns momentos de prazer aos que estão no mesmo recinto.
Isso é muito a Europa. Música clássica. Da mesma forma que no Brasil a gente passa na frente de um boteco e escuta um pagode, um bom samba, nas cidades da Europa você escuta música clássica.
Sei lá, não estou desmerecendo o Brasil, porque o tal do calor humano e da gentileza me fazem muita falta, mas isso - esse som - é algo que me toca, é como se eu estivesse num filme e essa fosse a trilha sonora da minha vida. E eu sempre ouvi música clássica, porque minha mãe sempre nos fez escutar e porque meu pai também nos fez escutar. E eu aprendi a admirar e a sentir um grande prazer ao ouvir essas melodias.
Mudando de assunto, eu estou feliz de voltar ao Brasil, não superfeliz, mas estou feliz. Sei lá, eu passaria o resto da minha vida na Europa, mas não sem as pessoas que eu amo. Então, eu estou feliz aqui, mas estou incompleta.
Cheguei a Amsterdam quinta-feira passada. Decidi, de última hora, não ir pra Hannover, onde a Muri está, porque queria ficar vários dias em alguma outra cidade, que não Paris, pra sentir mais um dia-a-dia na Europa. E eu só consigo sentir o dia-a-dia se fico longas horas caminhando, sem destino, apenas por apreciar o que eu vejo, e isso requer dias.
Fui conhecer o Red Light District este fim de semana. É lá que as prostitutas se oferecem, expostas nas vitrines, que são os quartos onde elas trabalham. É como uma Rua Augusta, apinhada de turistas, ou velhos americanos que vêm procurar sexo, ou velhinhas chinesas que vêm se entreter com a atraçãob e tentar tirar fotos (juro que eu vi uma velhinha chinesa de uns 80 anos passeando com a família por aquelas ruas).
Inacreditável estar aqui e ver tudo isso. Ainda não me dei conta de que estou em Amsterdam.
Fui ao Museu Van Gogh sexta-feira.
Pra mim, passar por cada uma destas cidades foi um sonho.
Assinar:
Comentários (Atom)
