domingo, 3 de agosto de 2008

Amsterdam, domingo, 3 de agosto de 2008, 19h35.

Estou na biblioteca central de Amsterdam, onde a internet é gratuita - e os computadores de última geração são absolutamente rápidos - e um senhor dos seus 60 anos está tocando piano. Sim, porque nesta biblioteca existe um piano público, disponível para quem quiser tocar e oferecer alguns momentos de prazer aos que estão no mesmo recinto.
Isso é muito a Europa. Música clássica. Da mesma forma que no Brasil a gente passa na frente de um boteco e escuta um pagode, um bom samba, nas cidades da Europa você escuta música clássica.
Sei lá, não estou desmerecendo o Brasil, porque o tal do calor humano e da gentileza me fazem muita falta, mas isso - esse som - é algo que me toca, é como se eu estivesse num filme e essa fosse a trilha sonora da minha vida. E eu sempre ouvi música clássica, porque minha mãe sempre nos fez escutar e porque meu pai também nos fez escutar. E eu aprendi a admirar e a sentir um grande prazer ao ouvir essas melodias.

Mudando de assunto, eu estou feliz de voltar ao Brasil, não superfeliz, mas estou feliz. Sei lá, eu passaria o resto da minha vida na Europa, mas não sem as pessoas que eu amo. Então, eu estou feliz aqui, mas estou incompleta.

Cheguei a Amsterdam quinta-feira passada. Decidi, de última hora, não ir pra Hannover, onde a Muri está, porque queria ficar vários dias em alguma outra cidade, que não Paris, pra sentir mais um dia-a-dia na Europa. E eu só consigo sentir o dia-a-dia se fico longas horas caminhando, sem destino, apenas por apreciar o que eu vejo, e isso requer dias.

Fui conhecer o Red Light District este fim de semana. É lá que as prostitutas se oferecem, expostas nas vitrines, que são os quartos onde elas trabalham. É como uma Rua Augusta, apinhada de turistas, ou velhos americanos que vêm procurar sexo, ou velhinhas chinesas que vêm se entreter com a atraçãob e tentar tirar fotos (juro que eu vi uma velhinha chinesa de uns 80 anos passeando com a família por aquelas ruas).
Inacreditável estar aqui e ver tudo isso. Ainda não me dei conta de que estou em Amsterdam.
Fui ao Museu Van Gogh sexta-feira.

Pra mim, passar por cada uma destas cidades foi um sonho.

2 comentários:

Vivien disse...

Rêzinha,
Amsterdan já é a último pouso desta estonteante viagem para vocês, então aproveitem realmente -e para conhecer um pouco da cultura de um povo só mesmo passando no mínimo uma semana - curtindo cada lugar - cada olhar, cada gesto - o tio Plinio fala muito de uma rua chamada Saint Pauli - inesquecível para um rapaz de 21 anos - em viagem com o navio Escola Guarda-Marinha que ele fez na sua formatura passando pela Europa e África - enfim todos guardam lembranças - cada um com as suas.
A Muriel deve chegar bem cedo em Amsterdan, nesta segunda-feira - foi visitar Berlin e o porto de Hamburgo - deve ter tirado muitas fotos.
Uma boa estadia final para vocês com mais lugares encantadores e charmosos para também serem inesquecíveis.
Beijos da tia Vivien, até quinta-feira, no Aeroporto de Cumbica, Sampa, Brasil, Amérida do Sul.

Vivien disse...

Renata,

Só corrigindo a informação, Muriel escreveu: "Na volta para a Holanda ficarei um dia em The Hague e me encontrarei com a Renata em Amsterdam no dia 5.", portanto, só chegará amanhã, terça-feira.

Beijão,
Tia Vi