Esta tarde eu fui a um centro comercial em Bobigny, banlieu parisiense. E na volta, já na direção Porte Dauphine, eu vi uma senhora sentada, esperando o metrô, e ela não se parecia fisicamente com a minha mãe, mas ela tinha exatamente a mesma expressão de doçura, de ingenuidade, de piedade.
Eu senti meus olhos se encherem de lágrimas, subitamente, foi muito forte e emoção. Eu não sabia para onde olhar, nem no que pensar, para não continuar chorando.
Mãe, hoje eu senti saudades tuas, vontade de te abraçar, de te dizer que você é a minha mãe, que eu te amo.
O metrô partiu, e alguns minutos depois eu estava recomposta.
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