quarta-feira, 2 de julho de 2008

Despedida número 1

Pois é, é verdade que o tempo passa muito rápido. A gente não sente depois que começa a aproveitar cada instante.
Hoje eu vou embora de Paris, embora pela primeira vez, mas já não me sinto mais uma moradora e, quando eu voltar dia 28, vai ser ainda mais estranho do que está sendo hoje. Desde segunda-feira, quando deixei a casa, passei a ser apenas uma turista, mochileira, meu dia-a-dia em Paris ficou para trás, minha história aqui. Assim, num passe de mágica...
Agora é quarta de manhã, e estou na casa da Ana, minha amiga do peito. Essa tarde eu e minha prima pegaremos o vôo para Veneza, e durante quase 40 dias eu vou carregar minha casa nas costas, vou conhecer lugares, pessoas, países diferentes.
Sei lá, eu queria escrever alguma coisa bonita pra me despedir, mas so me vêm flashs na cabeça, e eu não consigo descrevê-los...

O que eu posso dizer é que eu consegui realizar um grande sonho: morar na França. E lógico que foi Deus quem possibilitou que isso acontecesse. Disso eu não tenho a menor dúvida.

Engraçado, domingo eu estava melancólica; fui até a Gare St. Lazare me despedir de uma amiga, a Angelica, e não a encontrei... Voltei para casa triste, triste. Foi realmente um dia melancólico.
Mas segunda-feira, quando minha prima chegou, que eu saí da casa e pus um ponto final nos meus 6 meses de Paris, eu me senti bem, feliz, livre.

Outra coisa: eu acho que realmente aprendi a ser um pouco blasé, nao no mau sentido.
Eu explico por quê: segunda me despedi das crianças, da nounou, e nao senti a menor vontade de chorar. E ela chorou. Ontem me despedi da minha amiga italiana, eu nao chorei nem senti tristeza, ela chorou. Acho que é mais dificil pra quem fica.

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